Definição de PRODUTIVIDADE.
A Produtividade de uma empresa é a melhor forma de utilização dos recursos disponíveis (mão de obra, máquinas, equipamentos e toda infraestrutura necessária) para transformar matérias primas e insumos em produtos terminados.
Portanto: a produtividade é a relação entre a produção de seus produtos e os recursos utilizados nesta produção.
Todos sabem que se a produtividade de uma empresa não estiver no nível dos seus melhores competidores, a competitividade dessa empresa é baixa e existe um alto risco de perda de mercado, incapacidade de acompanhar a evolução dos preços praticados e, portanto comprometer seriamente a sobrevivência da empresa.
Partindo desta visão, consideramos o “Custo Unitário” de conversão de cada produto como um dos ou talvez o principal indicador de produtividade de um produto e consequentemente de uma fábrica/empresa.
Então, isto significa que podemos estar em um bom nível de produtividade relativa aos meus competidores para alguns produtos e para outros não?
Sim, esta afirmação está correta, apesar de arriscada e incompleta se não for bem avaliada. Esta afirmação pode estar correta, por exemplo, se tivermos uma fábrica que ao longo dos anos investiu em algumas novas tecnologias, mais eficientes e modernas, e manteve outros produtos nos processos antigos e mais trabalhosos. Isto, para efeito deste exemplo, pode levar um produto a ter um custo de transformação muito mais baixo e competitivo que o outro.
No final das contas, a área de Marketing/Vendas fica limitada a definir sua estratégia de comercial baseada na margem de cada produto, que se for pouco competitivo, diminui as chances de sucesso frente a concorrência (obviamente os volumes de produção tem um impacto direto e importante nos custos/margens dos produtos).
Daí decorre a pergunta que normalmente recebemos neste ponto do raciocínio: Será que meu sistema de custos me fornece um cálculo de custo unitário por produto confiável e com boa acuracidade?
O grande problema é que se a informação de custo por produto for ruim, a margem que pensamos ter, também será e portanto podemos estar perdendo dinheiro e matando a empresa enquanto não enxergamos isso nos relatórios gerenciais e nas tomadas de decisão estratégica.
Sendo assim, se não se conhece corretamente qual é a margem de cada produto, não é possível ter uma boa estratégia de marketing para competir e sobreviver.
No setor de saúde humana e animal, mais especificamente o farmacêutico que viveu muitos anos desfrutando de margens extremamente altas, tiveram dificuldades em entender a importância de se ter os custos industriais com a melhor acuracidade possível. Felizmente esse panorama tem mudado e muitos dirigentes dessas empresas já acordaram para a importância e a necessidade de uma mudança estratégica na condução e no gerenciamento dos custos de seus produtos e da produtividade de suas empresas.
Com os problemas em nossos sistemas de custeio, quantas vezes vimos inúmeros projetos de produtividade ou que identificaram melhora de eficiência, não conseguem refletir os ganhos prometidos nos custos reais dos produtos? O pessoal financeiro e auditores ficam posteriormente gastando uma enorme energia tentando descobrir o porquê dos benefícios não aparecerem claramente nos balanços financeiros.
A resposta certamente cai na necessidade de se trabalhar com efetividade na melhoria da estrutura de custos dessas fábricas, e que se entenda que não há nenhum indicador de produtividade melhor que o custo unitário dos produtos.
Ao se constatar que projetos de melhoria nas fábricas não refletiram redução de custo unitário dos produtos, é chegada a hora de rever com atenção o sistema de custeio e definição de alocação dos custos de transformação dos produtos dessa fábrica.
Outra abordagem interessante e que todos já escutaram comentários do tipo: “o custo unitário de um determinado mês foi prejudicado devido a um mix de produção desfavorável”.
Excluindo-se um evento de “força maior” ou algo totalmente inesperado e que atinge o mercado como um todo, sempre temos alternativas para trabalhar com as flutuações naturais de volumes e mix de produção.
Um mix de produção desfavorável, significa na verdade um programa de produção não otimizado de acordo com os recursos disponibilizados, gerando ociosidade ou má utilização de recursos onde no final, uma coisa é certa, a empresa vai de alguma forma pagar essa conta.
Quem vai pagar esta conta normalmente são os produtos que foram produzidos, e daí vão aparecer nos relatórios com custos de conversão elevados, redução das margens e más notícias para o resultado do negócio.
É necessário enxergar o custo do produto em cada etapa do processo de transformação e conversão, e isto vai ajudar muito na solução do problema.
POR QUÊ?
Porque esta é a maneira de se entender efetivamente o custo em cada etapa, saber como administrar os recursos em cada fase dos processos, baixar os custos em etapas possíveis de serem otimizadas e uma porção de ações e iniciativas que permitem minimizar impactos indesejáveis devido a fatores externos de variabilidade.
Estaremos abordando o tema dos Custos Unitários de forma mais detalhada na nossa próxima publicação.
A PGI Farma possui ferramentas e know-how de implementação de melhorias de produtividade e custos unitários em diversas empresas grandes e oferece serviços de implementação à empresas que desejam melhorar sua produtividade e seus custos otimizando suas etapas do processo produtivo.
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Por Izidoro Vignola e Roberto Darienzo