Uma gestão eficiente e inteligente dos recursos de uma fábrica é rapidamente transformada em resultados financeiros positivos e aumento da produtividade. Primeiramente, vamos entender melhor o que chamamos de “recursos”:
1. Máquinas e equipamentos instalados nas áreas de produção.
2. Mão de obra alocada para a operação das máquinas de produção.
3. Infraestrutura geral da fábrica, incluindo utilidades, área de qualidade, manutenção, Supply Chain, armazém, laboratórios de controle, segurança patrimonial, transporte, restaurante, ambulatório médico etc.
4. Serviços de terceiros, contratados pela área industrial.
Com estes recursos definidos, tomemos a produção estimada a ser realizada ao longo do ano. Esta produção deverá ser distribuída ao longo dos 12 meses do ano, e para realizá-la, necessitamos utilizar os recursos descritos acima.
Portanto, resumidamente, a gestão da produtividade de uma fábrica nada mais é do que gerenciar da melhor forma possível a utilização dos recursos que foram destinados para realização da produção necessária.
Antes mesmo de iniciar a gestão dos recursos, destacamos que o simples dimensionamento inicial da fábrica já gera um impacto na produtividade, já que para dimensionar a fábrica e preparar os orçamentos anuais, as empresas realizam este dimensionamento necessário e que podemos considerar como os 3 pilares básicos de uma operação:
1 – O Custo das Máquinas e equipamentos com suas velocidades e capacidades para definir a absorção do custo da hora máquina, incluindo aqui os custos alocados da depreciação destes equipamentos.
2 – O custo da Mão de Obra necessária (horas homem equivalentes) para o cumprimento do plano de produção.
3- A Infraestrutura, que podemos chamar de Custos Fixos, estimada e necessária para suportar e permitir a realização do plano anual de produção.
Sobre o Dimensionamento de uma fábrica e seus impactos no custo operacional, abordaremos em uma das nossas próximas publicações, aguarde!
Falar em produtividade, significa então ter sempre em mente a importância do planejamento de recursos capaz de realizar o plano de produção definida e necessário para atender a demanda dos negócios da empresa.
Nesta linha de raciocínio, teremos sempre recursos dimensionados ou estimados como necessários para um determinado volume planejado, sendo que toda as vezes em que o volume real estiver abaixo do planejado, uma menor quantidade de produtos terá que pagar pelos recursos que foram projetados/dimensionados e, neste caso, o custo unitário destes produtos vão ficar em um patamar maior daquele que foi estimado e, portanto, suas margens reduzidas, podendo comprometer os resultados financeiros da empresa.
Da mesma forma, se os volumes reais puderem ser maiores do que o inicialmente estimado, teremos os custos unitários dos produtos abaixo dos custos estimados no planejamento inicial e, portanto, melhora nas margens e lucratividade destes produtos (assumindo que não haja alteração nos preços de venda dos produtos).
Já se pode facilmente verificar a importância do impacto que um plano de produção adequado e o gerenciamento dos recursos a serem colocados à disposição da produção exercem na GESTÃO DA PRODUTIVIDADE das empresas e sua fabricas.
Uma das variáveis já comentadas acima e que tem papel primordial nos resultados, e, portanto, sua gestão é fundamental, é a Mão de Obra Direta na produção.
A MOD deve ser muito bem avaliada e projetada de acordo com o volume previsto, também baseado nos planos comerciais.
De forma ilustrativa, um dos índices de produtividade, amplamente conhecido e utilizado, chamado de OEE (Overall Equipment Efficiency), no segmento farmacêutico, por exemplo, tem um desempenho médio de 60% para máquinas ou linhas que não são dedicadas a um único produto (benchmarking), é de se concluir que consequentemente existem altas porcentagens de mão de obra direta ociosa encontradas nestas empresas.
Isto ocorre porque com índices de 60%, de uma maneira simplista podemos inferir que pelo menos 40% do tempo estas máquinas estão “paradas” ou não efetivamente produzindo, e que, portanto, a mão de obra alocada para estes equipamentos estará igualmente ociosa ou melhor, não utilizadas eficientemente durante este período.
Definições especificas e detalhamento sobre o OEE também será tópico para uma de nossas próximas publicações.
Se ao perguntarmos: quantas horas de mão de obra ociosa você tem na fábrica por mês e você não me souber responder com alguma precisão, você tem, com alto grau de probabilidade, uma oportunidade de melhorar seus resultados através de uma gestão de produtividade em relação a mão de obra. Na verdade, é possível prever a mão de obra ociosa e trabalhar para reduzi-la, da mesma maneira que você prevê a produção e define estratégias comerciais para aumento de volumes e vendas.
Consulte o Simula Farma, nosso sistema de gestão de produtividade, simulação de mudanças e impactos nos resultados, entre outras coisas. Este sistema pode ajudar muito no entendimento e identificação das oportunidades que sua fábrica tem e que você pode não estar explorando adequadamente, deixando passar aumento de margens possíveis de serem atingidas por falta da ferramenta adequada.
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Por Izidoro Vignola e Roberto Darienzo